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Hierro - 2009

  • ivandro666godoy
  • 9 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura
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Fruto da vaga do emergente cinema espanhol e vencedor de prêmios em Sitges International Fantastic Film Festival e Rojo Sangre, Hierro é uma das produções mais faladas nos festivais de horror underground e um ousado projeto espanhol que promete dar o que falar.


Inicialmente como uma película de thriller o filme nos leva a misteriosos desaparecimentos de crianças na Ilha de Hierro(localizada no arquipélago das Canárias, Espanha e que emprestou o nome ao filme) com suas paisagens vulcânicas e praias desertas que ajudaram e muito na excelente fotografia de Alejandro Martínez. Outros pontos fortes do filme são os efeitos sutis de Pau Costa e Raúl Romanillos e a trilha sonora de Zacarías M. de la Riva que nos arrastam no turbilhão de emoções descontroladas que se passam na cabeça da pobre Grace (Elena Anaya) enquanto ela tenta separar a realidade da ilusão causada pelo desaparecimento de seu filho. Dentre tantos trabalhos, Anaya se caracterizou tão bem neste papel que o espectador chega quase a sentir os temores da loucura que se apossa da personagem no decorrer da trama.   Eu particularmente só ouvira falar do diretor Gabe Ibañes nos trabalhos Maquina e El Dia de la Bestia, mas ele já ganhou minha admiração nas primeiras cenas do filme onde o carro de brinquedo da primeira criança desaparecida imita com perfeição o acidente que ocorre com o carro onde está viajando com sua mãe. Perfeito!!!


Infelizmente Hierro é um filme para poucos. Com uma estética diferente do que se considera "horror" nos tempos modernos pode se tornar enfadonho e previsível e para encerrar este texto vou parafrasear um texto que li no site do Fantasporto "Hierro é seguramente um dos filmes mais poderosos exibidos este ano, mas dificilmente vai ser um filme com grande adesão do público. Apesar do seu visual avassalador, o argumento peca na sua fase final pela elevada previsibilidade e pela fraca originalidade em utilizar a opção de choques repentinos para surpreender o espectador. Acabando também por ser excessivamente frio para as grandes massas de espectadores de cinema.


Quem sabe? Só assistindo para ver mais esta pérola psicológica do horror espanhol.


 
 
 

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